sexta-feira, 16 de setembro de 2011
A TRAIÇÃO DA MULHER MINEIRA
Mineirim no leito de morte decidiu ter uma conversa definitiva com a sua companheira de toda a vida sobre a fidelidade da mesma:
- Muié, pó falá sem medo…já vô morrê mess e prifiro sabê tudireitim… Ocê arguma veiz traiu eu?
- Ô Zé, num fala dessas coisa que eu tenho vergonha….
- Pode falá muié….
- Quero não…
- Fala muié, disimbucha…
- Mió dexá pra lá…Zé
- Vai, conta…
-Queto Zé, morre em paz…
Depois de muita insistência ela resolveu abrir o jogo:
-Tá bão Zé, vô contá, mais num si responsabilizo…
- Pó contá.
- Ói Zé, traí sim, mas foi só trêis veiz.
- Intão conta sô! Trêis veiz nessa vida toda até qui num foi muito!
-A primera foi quando ocê foi dimitido daqueli imprego qui ocê brigou cum chefe.
- Ué, mas eu vortei dinovo logo dispôis sô.
- Pois é Zé…eu fui lá cunversá cum ele, acabei dano prele e ele ti contratô di vorta.
- Ah, muié, ocê foi muito boa cumigo…essa traição num dá nem pra leva mar, foi pela necessidade da nossa famía…tá perdoada. E a segunda?
- Lembra quando ocê foi preso pru modi daquele furdunço que ocê prontô na venda?
- Lembro muié, mas num fiquei nem meio dia na cadeia.
- Pois é Zé…eu fui lá cunversá cum delegado e acabei dano pra ele ti sortá
- Ê muié, isso nem conta também não, a carsa foi justa…imagina ficá preso lá um tempão. Ocê nem me traiu, foi pela nossa famía e pela minha liberdade, uai. E a úrtima?
- Lembra quando ocê si candidatô pra vereadô?
- Lembro muié…quase me elegeru.
- Pois é… eu qui consegui aqueles 354 votu.