terça-feira, 19 de abril de 2011

A Eletrônica e a Medicina


ELETROMEDICINA
Eletroencefalografia
Mesmo depois do aparecimento das válvulas eletrônicas, no início deste século, os registros dos eletroencefalogramas eram feitos mecanicamente, através de uma pena, que registrava numa fita de papel as oscilações detectadas pelo galvanômetro, através de eletrodos presos ao crânio.

Evitavam-se os circuitos amplificadores eletrônicos porque as válvulas antigas introduziam ruídos espúrios que alteravam as ondas cerebrais. Somente a partir de 1960, com o aparecimento dos transistores, é que estes problemas foram resolvidos. Com isto, veio o grande avanço da eletroencefalografia usada cada vez mais para detectar doenças do cérebro.


Mais recentemente, os computadores passaram a ser usados como processadores das informações colhidas pelo eletroencefalograma, aumentando consideravelmente o seu potencial.


Eletrocardiografia
A eletrocardiografia registra os sinais elétricos gerados no coração. Em 1887, A. D. Waller conseguiu por meio de instrumentos rudimentares, os primeiros eletrocardiogramas de seres humanos e o mapeamento do campo elétrico do coração.

Em 1921 a Siemens & Halske colocou no mercado um eletrocardiograma que usava válvulas eletrônicas para amplificar os sinais detectados pelo galvanômetro. A Cambridge Instruments só produziu um eletrocardiógrafo totalmente eletrônico a partir de 1945.



Microscópio eletrônico
Inventado em 1931, por Reinhold Rüdemberg, tornou-se, em pouco tempo, um poderoso instrumento de investigação científica.

Pouco tempo após o aparecimento do microscópio eletrônico, a RCA, dos Estados Unidos, e a Vickers, da Inglaterra, começaram a fabricá-lo. Mais tarde a maioria dos países mais desenvolvidos entrou na fabricação e utilização desse equipamento. O Japão, hoje em dia, é um dos centros mais avançados dessa tecnologia.


Marcapasso cardiológico
Devemos o desenvolvimento desse equipamento, muito utilizado nos dias de hoje, aos trabalhos de um famoso cardiologista, Paulo Maurice Zoll, que durante grande parte de sua carreira, dedicou-se ao estudo dos estímulos elétricos no coração, com a finalidade de evitar paradas cardíacas.

Zoll estimulava eletricamente o coração através de eletrodos externos, colocados no peito do paciente. Hyman concluiu que se os estímulos fossem feitos diretamente no coração, os resultados seriam melhores.


Somente após a II Guerra Mundial, por volta de 1950, foi desenvolvido um marcapasso totalmente eletrônico, mas volumoso. Somente após o desenvolvimento dos transistores é que os marcapassos foram realmente miniaturizados, chegando a volumes compatíveis com sua inserção no coração.


Tomografia computadorizada
Em 1967, um engenheiro eletrônico inglês, Godfrey Wewbold Hounsfield, decidiu estudar a possibilidade do uso de computadores para melhorar as imagens obtidas através de raios-x.

Os resultados obtidos foram espetaculares e, em 1969, esse equipamento passou a ser fabricado, na Inglaterra, e depois em outros países. O tomógrafo para o corpo inteiro entrou no mercado em 1975. Em 1979, Hounsfield recebeu o prêmio Nobel de fisiologia.


Aparelhos auditivos
São aparelhos eletrônicos para melhorar o nível de audição e começaram a aparecer no mercado na década de 30. Eram equipamentos pesados cujo amplificador tinha que ser ligado a uma fonte externa de energia.

A evolução desses equipamentos seguiu o desenvolvimento da eletrônica, alcançando tamanhos aceitáveis com o aparecimento dos transistores. Os atuais, super miniaturizados, contém circuitos integrados, microfone, e o receptor num pequeno invólucro que é colocado atrás da orelha. O amplificador consome tão pouca energia, que a pilha só é mudada a intervalos longos.