O texto apresentado aqui contém trechos de alguns documentos do "The Why Files" que mostra algumas das formas que a ciência contribuiu para solucionar crimes.
Parecia estranho, mas acabamos aceitando a idéia de que a impressão digital de uma pessoa é única. Hoje, é perfeitamente aceito que a impressão digital é uma perfeita técnica de identificação. Em inglês, por exemplo, a identificação por DNA ganha um nome parecido já que a impressão digital é "fingerprint" e a "tipagem do DNA", ou seja, a análise da sequência de DNA de um suspeito de um crime, é chamada de "DNA fingerprinting".
Mas, apesar de aceito, ainda assim a identificação pela impressão digital pode ser duvidosa. Se as impressões são boas, as pequenas curvas e espirais que se formam podem ser bastante convincentes. Elas podem ter forma espiralada, por exemplo: | Foto: cortesia do National Institute of Standards and Technology |
Foto: cortesia do National Institute of Standards and Technology | Ou então, ter uma forma de arcos, como esta digital à esquerda... |
Quando a tipagem de DNA chegou aos tribunais, parecia inacreditável. Baseada na ciência de genética de populações (o estudo da distribuição e frequência de genes determinados em um grupo de pessoas), a nova tecnologia trazia novas perspectivas - ESQUEÇA AS TESTEMUNHAS, todo mundo sabe que elas podem errar. NÃO PROCURE MAIS PELAS ARMAS. ESQUEÇA AS EVIDÊNCIAS CIRCUNSTANCIAIS...
Ao invés disso, a evidência genética permite que os promotores coloquem um suspeito na cena do crime com uma certeza incrível.
Uma amostra de sangue seco pode ser identificada pela adição de um reagente chamado Bertrand. Quando se combina com o reagente, o sangue forma cristais característicos de hematina. Esta foto foi cortesia do Laboratório Criminal da Policial de Metro-Dale |
A tipagem de DNA é feita assim:
1. Cortam o DNA com enzimas específicas (chamadas enzimas de restrição) que reconhecem partes definidas do DNA, dando origem a vários fragmentos.
2. Colocam os fragmentos em um gel (substância que parece gelatina) e aplicam uma corrente elétrica ao gel. Os fragmentos percorrem esse gel de uma ponta à outra, sendo os maiores são mais lentos que os menores, que se separam pelo tamanho.
3. São colocados, também, fragmentos conhecidos de DNA que são radioativos - são as chamadas SONDAS de DNA. Colocando-se o gel sobre um filme fotográfico, a sonda "imprime" sua radiação no filme e, assim, pode-se descobrir sua posição no gel.
4. Repete-se o procedimento com várias sondas para garantir o resultado.
É essa a aparência de um gel com fragmentos de DNA separados pela corrente elétrica. O que se vê aqui é a radiação que passou para o filme fotográfico. |
Claro que, mesmo sendo uma forma bastante eficiente, ainda podem acontecer alguns problemas no método de tipagem de DNA:
- A amostra pode estar contaminada com DNA de outras pessoas;
- É uma técnica difícil de se entender e, por isso, os jurados têm dificuldades para aceitar essa evidência;
- Amostras muito diluídas precisam ser manipuladas para aumentar a quantidade de DNA - com isso, as contaminações também se amplificam.
The Why Files é um site que tem várias curiosidades científicas. Está em inglês e seu conteúdo foi traduzido e utilizado aqui com permissão. Os textos originais dos quais tiramos as informações desta página estão em http://whyfiles.org/014forensic/index.html.
© University of Wisconsin, Board of Regents
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